I will reborn from the ashes... Like a beautiful Phoenix....

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Lost Souls...

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Verdade Maldita... Maldita A Verdade...


Procurei por ti ao longo de 17 anos. Passas por mim como se não me conhecesses. Eu sei que és tu que me chamas quando pensas que estou distraído. Tentas ser dissimulado mas a mim não enganas. Irei-te perseguir em busca da verdade. Dir-me-ás na cara que não sou merecedor de tal conhecimento. Continuarei a perseguir-te pois sei que é isso que tu queres. Tentas iludir-me dando a entender que ir-me embora é a tua vontade mas seguirei cada passo que tomares. Tu tens algo que eu quero. Algo que procuro. Algo que necessito. Essa tua faceta não me equivoca pois eu tomei conhecimento da tua alma no dia em que me fizeram à tua imagem. As minhas perguntas transformam-se em porquês. Porque não te viras?
Eu já sei qual é o teu jogo, mas qual é o teu objectivo? Para onde me queres levar? Para que queres me levar? Dá-te gozo o facto de eu saber quem és?
Imediatamente paras. Eu paro também. Lentamente viras a cara para mim e o meu coração vai batendo mais depressa pois a verdade está próxima. Maldito destino! Tua cara surge desfocada, olhas em frente e segues o teu caminho. Eu retomo o passo, não escaparás de mim. Começas a correr, eu continuo a ir. Passamos por ruas vazias, não se vê ninguém. Mas isso não me importa pois tu és aquele que procuro. Viras-te numa esquina e metes-te por um beco escuro. Sem pensar duas vezes, viro também. Mas que é isto? Para variar, o destino levou-me a um caminho sem saída. Nada mais que uma parede de tijolos à minha frente. Mando um murro e volto a abrir o pulso. Mas a dor psicológica é tanta que a física já não importa. Viro para trás no escuro, vejo uma sombra a correr. Saio do beco e vi que eras tu. Voltei a perseguir-te mas com o passo mais lento… Falta-me o ar… Não consigo correr mais… Parei para recuperar o fôlego enquanto a raiva apoderava-se de mim pois ia-te deixar fugir… Recuperado, olho em frente para ver se já ias muito longe… Mas não, a poucos metros de mim estavas tu, de costas para mim… Eu grito por ti:
- Desgraçado! Para de fazer estes jogos comigo! Mas que queres tu? Porque me atormentas desta maneira? Diz-me! Que queres?
Mas nada me disseste… Continuas parado…
-Irei colocar sobre ti toda a raiva que me meteste! Todo o ódio que por tua causa passei! Todo o mal que causei ! Quando te apanhar obterei a minha vingança! Pagarás por todos os meus pecados!
E eis que oiço com uma voz sombria…
- Vem… A verdade estará próxima.
Com um grito avanço rapidamente sobre ti com o punho cerrado de forma inútil. Rapidamente me imobilizas… Prendes-me o pescoço… Asfixias-me... Tento olhar para ti mas teus longos cabelos negros não me deixam ver a tua verdadeira forma… Queria poder olhar-te nos olhos e ver quem és realmente… Pois eu sou feito de ti, mas não sei quem sou… Com um ultimo suspiro disse:
-Diz-me quem és…
-Sou aquele que tu procuras à 17 anos… Aquele que usas para esconder as tuas lágrimas. Aquele que tu usas para odiar… Aquele que tu tanto chamas para acabar com a tua miserável vida… Tu sabes quem sou… Simplesmente… Não és merecedor da verdade ainda…
Após essas palavras que tanta dor me causaram… Desmaiei… Acordei sobre o a pedra fria de um túmulo com meu nome inscrito… Não acredito… Como cheguei aqui? Que é feito dele? Por cima do túmulo um corvo canta parecendo dizer “Fracassado! Fracassado!”… Levanto-me rapidamente e apanho o pássaro irritante e parto-lhe o pescoço… Vejo o sangue que sai da sua boca manchar minhas mãos… O meu reflexo naquele vermelho vivo tornara-se vermelho morto… Arranquei as asas ao animal... Rasguei a sua carne e esmaguei seu esqueleto… Os seus restos mancharam toda a campa… Olho para baixo, diante de mim um ramo de outrora rosas brancas se tornaram em vermelhas com um cartão. “Estás perto de encontrar a verdade”.
Voltei a olhar para a lápide com o meu nome inscrito… Levanto a pedra que cobria a campa e começo a escavar com as minhas próprias mãos a terra que lá dentro se encontrava. Bati em algo duro… Continuei a escavar… Era um caixão branco marfim com pegas douradas que reluziam mais que o próprio ouro… Com as mão feridas devido as pedras na terra… Forcei a abertura do caixão… Olhei lá para dentro… Estavas lá! Mas agora já conseguia ver a tua cara! Olhos fechados, de forma angelical sob um descanso eterno… Tu… Eras eu… O meu lado bom… Toda a minha bondade… A minha felicidade… A minha consciência… A minha verdadeira alma repousava naquela tumba… Mas porquê? Porquê ela e não eu? Que aconteceu? Porque se encontra ela aqui? E o que me trouxe aqui? Não posso acreditar nisto… Não pode ser verdade!
Arranco a pedra tumular com um potente pontapé e com um fragmento dessa rocha acerto repetidamente e cada vez com mais força na cara dela… Destroço-a… Olho para ela… Olho para as minhas mãos… Vermelho vivo… O sangue da minha felicidade… Nunca esse fluído vital me pareceu tão belo… Abandono a campa e saiu do cemitério. Sento-me no passeio com a cabeça nos joelhos… Oiço uma vez conhecida a chamar por mim. Olho para a frente, eras tu outra vez! Dissimulado e com a cara desfocada… Olho para o cemitério, havia desaparecido… Mas afinal quem és tu? Levanto-me e volto a correr atrás de ti, sempre em busca da verdade…
Se necessário utilizarei todas as minhas forças e durarei o tempo que for necessário para que me respondas finalmente… Pois tenho uma eternidade para descansar…

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