I will reborn from the ashes... Like a beautiful Phoenix....

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Lost Souls...

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Ninfa - Parte 1

"Este texto é algo que fiz de brincadeira e acabou por ser um projecto engraçado. Espero que gostem."


Lembro-me da nossa primeira troca de olhares. Um belo dia de primavera... Eu tinha ido passar uns dias às montanhas com os meus tios. A paisagem era tão bela. Os pássaros cantavam. O sol batia nas folhas dos carvalhos criando uma sombrinha agradável. As borboletas dançavam de flor em flor. Sem nenhuma preocupação. Aquele ar puro, limpo enchia-me o peito e revelava a preguiça que havia em mim. Admirava eu o lago pacato desde o alpendre da cada de meus tios quando de repente surge meu primo eufórico perguntando se eu gostaria de os acompanhar à cidade vizinha enquanto compravam provisões. Recusei pois fui hipnotizado com o clima de paz que nunca presenciara. Limpou de imediato todos os problemas que consumiam a mente. Avancei até ao lago e sentei-me à sombra de uma cerejeira em flor, absorvendo todas as emoções que me rodeavam. Tirei da mochila um pequeno caderno que tinha e com um lápis deixei-me levar pelas emoções escrevendo vários poemas e as palavras pareciam ganhar vida naquele preciso local. Cansado e já com metade do caderno preenchido, fechei-o para não me deixar levar mais pela fantasia.
Olhei ao longo da margem com um sorriso na cara mas não durou muito tempo… O sorriso rapidamente se convertera em espanto.
Lá estava ela… Sorrindo… Com um vestido branco que lhe acariciava a pele, descalça, com uma coroa de flores brancas em seus cabelos negros, sentada num tronco… Sempre sorrindo…
Seus olhos possuíam um tom amarelado parecendo brilhar tanto como o sol… Senti-me confuso com o que sentir e incómodo pois meu desejo era falar com ela…
Estava imóvel, não sabia o que fazer. De repente ela olha para mim e sorri. Eu desvio o olhar, que tolo que fui. Pois quando voltei a olhar ela tinha-se ido embora… Que desgosto…
Fiquei a olhar para o caso de ela voltar a aparecer em vão. Eis que então surgiu uma dor enorme na parte lateral da cabeça. O meu primo tinha-me atirado com uma bolota, eu fui ter com ele quase sem tirar os olhos de cima do tronco onde a “ninfa” estava. Sim, ela parecia uma ninfa. Meu primo questionava-me várias vezes o porquê de eu estar com um olhar dito “aparvalhado”.
- Nada, nada… - Respondi.
Sentei-me no alpendre sempre a olhar para o local exacto onde ela estava sonhando acordado, com o seu sorriso, aquele olhar… Simplesmente bela…
Acordei desta fantasia com minha tia chamando-me para jantar, mas no entanto quase nada comi e limitei-me a responder sim e não às perguntas que me faziam sem olhar para eles.
Regressei eu ao alpendre uma vez mais tentando ver se a via… A paisagem nocturna era maravilhosa… Os pirilampos iluminavam as margens… Os grilos cantavam e dava gosto ouvi-los. E ao longo, distinguia-se uma velha coruja que provavelmente se preparava para sair.
Deitei-me na cama e pus-me a apreciar a luz da lua que entrava pela janela. Veio-me a imagem da “ninfa” uma vez mais à mente mas, enfim pensei eu. Virei-me nos lençóis e tentei adormecer.
[i]Continua…[/i]

Um comentário:

  1. Como eu te disse ontem um grande texto.
    Fico à espera da continuação =)
    beijinho^^

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