I will reborn from the ashes... Like a beautiful Phoenix....

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Ninfa - Parte 2

(Aqui vai a parte 2 da Ninfa. Eu vou meter uns desenhos a ilustrar cada parte muito brevemente. Autoria da generosa "A Casino", sendo a mesma que me levou a escrever esta história. Especial agradecimento para ela. ^^)

” Deitei-me na cama e pus-me a apreciar a luz da lua que entrava pela janela. Veio-me a imagem da “ninfa” uma vez mais à mente mas, enfim pensei eu. Virei-me nos lençóis e tentei adormecer."



Acordei com uns sons. Sons estranhos. Vinham lá de fora parecendo risos. Meio sonolento deixei-me levar pela curiosidade e fui em direcção à janela. Não podia crer. Era ela.
Dançando e rindo, a lua parecia focar-se nela… Estava como a tinha visto de tarde. Descalça, vestido branco, coroa de flores brancas no cabelo Mas desta vez segurava margaridas brancas na mão. Seu sorriso era lindo, sua voz melodiosa. Meu coração batia cada vez mais depressa.
Mais uma vez não sabia como reagir. Ignorei todos meus medos e sai a correr do quarto e fui em direcção ao alpendre. Desaparecera. Mais uma vez ela se tinha ido embora. “Raios!” pensei eu. Não podia acreditar no meu azar. “Mais uma vez a deixei escapar”.
Eis que reparei em algo estranho. Algo brilhava no meio do chão, exactamente onde ela estava. Segui o feixe de luz e deparei-me com uma das margaridas que ela segurava. Cheirei.
O seu aroma era algo como nunca sentira. Não existe palavras para descrever. Nem mil rosas se comparavam ao que senti naquela altura. Apreciei a beleza de suas pétalas e fiquei com o seu sorriso na minha mente. Mas estaria a dar em doido? Parecia que ela estava lá. Dançando e rindo-se em torno de mim. Eu senti o seu aroma, eu ouvi o seu riso, eu senti a sua presença mas ela não estava. Olhei para a lua uma vez mais e os risos cessaram. Tornaram-se numa voz ruidosa.
- Acorda pá! Dorminhoco! – Meu primo barafustando, para variar.
-O quê? Onde estou?
- Estás no Vale dos Lençóis! Malandro, perdeste o pequeno-almoço mas não faz mal que a minha mãe deixou algo para comeres.
-Foi tudo um sonho…
-O que é que foi um sonho?
-Nada, nada…
-Primo desculpa lá, mas tu és muito estranho…
Sonho? Parecia tão real… A curiosidade aumentava à media que recordava o que pensava. Estava completamente despistado com aquela rapariga misteriosa ao ponto de entornar o café por cima do jornal do meu tio.
-Peço imensa desculpa tio!
-Não faz mal rapaz! Também era só misérias e não precisamos disso aqui. – Riu-se ele.
Pedi licença e saí da mesa. Fui para o quarto pensativo, sentei-me na cama e em cima da mesinha estava uma margarida branca. Levantei-me repentinamente e peguei nela. Senti o seu aroma mas, não era nada fora do comum. Fui até à cozinha e perguntei quem é que pôs a flor no quarto. A minha tia com um sorriso responde que tinha sido ela. O meu primo tinha-lhe dito que enquanto dormia falei sobre uma margarida branca e tinha um sorriso na cara, então por algum motivo que me fizesse sorrir, quis que eu a visse. Explicou que eu andava um pouco estranho e quis que eu me animasse. Envergonhado simplesmente disse que são tolices da idade. Ela riu-se e pediu que fosse andar de barco. Fui em direcção ao lago e num pequeno cais perto da casa vi meu primo atrapalhado com as amarras ao ponto de tropeçar nelas e cair ao lago. Fui a correr em seu auxílio e tirei-o da água. Olhamos um para o outro e desatamos às gargalhadas. Que triste figura a dele, todo encharcado. Entramos no barco e fomos dar uma voltinha pelo lago. Estava tudo tão calmo, tão relaxante. Vi uma família de patos sair de trás de uns juncos e para não os incomodar, remamos na outra direcção apreciando-os. Que lindo de se ver. Este ambiente é mesmo contagiante. É impossível não ser feliz aqui. O meu primo, brincalhão como é, atira-me água para a cara. Eu atiro de volta. Com esta guerra de atirar água um ao outro viramos o barco e caímos ambos ao lago. Agarramo-nos e mais uma vez olhamos um para o outro e rimo-nos. Mas enquanto me ria, pelo canto do olho reparei…
Ela estava ali! Exactamente no mesmo sítio mas desta vez sem a coroa de flores. Estava a fazer uma com flores amarelas, mas sempre com o seu belo sorriso. Apressei-me a virar o barco e subimos para ele. Ela já não estava lá. Lá voltei eu para o meu estado pensativo. Pedi que remássemos de volta a terra. Confuso, o meu primo aceitou. Quem será aquela rapariga? Vou começar a investigar melhor quem ela poderá ser. Terei que recorrer aos meus tios. Chegamos ao cais, amarramos o barco e a minha tia chamou-nos para almoçar. Após tanto esforço estávamos famintos.

Continua…

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